domingo, 25 de agosto de 2013

QUERIA DIVIDIR COM MEUS AMIGOS, UMA BELA NARRATIVA QUE OUVI ONTEM, EM UMA REUNIÃO DO BUDISMO...

Conta-se que no tempo em que Buda passou pela terra, uma mulher havia perdido seu filho e, em total desespero, sentou-se numa pedra e começou a chorar.

Como era um local por onde passavam muitas pessoas, primeiro passou uma pessoa do povo, e, vendo-a naquele pranto imenso, tentou em vão consolá-la. Mas desistiu e foi embora.

Nisso passou um Monge e vendo a mulher naquele infortúnio, pôs-se a orar por ela. Orou, orou, e nada de conseguir consolá-la. Tanto que também desistiu e foi embora.

Eis que vinha o Buda, caminhando calmamente, e viu aquela mulher em prantos. Soube do ocorrido, sentou-se ao lado dela, sentiu genuinamente a sua dor, e pôs-se a chorar junto com ela.

A mulher sentiu que Buda fez o que os demais não fizeram: dividir aquele momento de dor que ela sentia, tirar parte daquele peso das suas costas, já que qualquer consolo, naquele momento, seria totalmente inoportuno.

A mulher abraçou-se ao Buda, levantou-se e ambos foram embora.
...

Nesta vida, imaginamos que somos capazes de consolar qualquer dor.
Mas há dores que realmente, não tem como haver consolo.
Como consolar uma mãe que perdeu um filho?
Buda entendeu isso e fez aquilo que nenhum até então havia feito: solidarizou-se com o sofrimento que aquela mãe sentia.
Eu me lembrei da passagem bíblica em que Jesus chorou junto com os que sofriam a morte de Lázaro.
Mas essa é outra narrativa, para outro domingo.
Bom domingo a todos!

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