quinta-feira, 29 de março de 2012

Publico a pedido da Petiane


29/03/2012 10h56 - Atualizado em 29/03/2012 12h51

Bebê que morreu no carro em Goiás era criado por tia em MG, diz família

Criança teria morado com tia em Uberaba por 6 meses a pedido da mãe.
Segundo parentes, ela foi à cidade e, sem avisar, levou menino de volta.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
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Familiares do pai do bebê de um ano que morreu asfixiado dentro de um carro alegam que a criança era criada por uma tia em Uberaba, Minas Gerais. Segundo a família, quando o menino tinha seis meses de idade, a pedido da mãe, a criança foi levada para Itumbiara, no sul de Goiás, para morar com a tia e, posteriormente, para Uberaba, cidade para onde a mulher tinha se mudado.
A mãe, Andressa Prado de Oliveira, de 26 anos, é suspeita de ter deixado o filho por quatro horas fechado no carro, sob o sol, no Setor Santa Luzia, em Aparecida de Goiânia. Ela contou aos policiais que o filho gostava de brincar dentro do carro e, por esse motivo, o teria deixado lá dentro. Em depoimento à Polícia Civil, a mãe disse também que não viu que os vidros estavam fechados. O pai da criança está preso por tráfico de drogas na Penitenciária Odenir Guimarães em Aparecida.
Segundo o avô da criança, José Francisco de Oliveira, seis meses depois que Andressa deixou o menino com a família paterna, ela foi até Minas Gerais e levou o filho novamente para Aparecida de Goiânia: “Um menino bem cuidado aqui ela veio e o buscou para matar ele. O sonho dela era matar o menino. Eu quero justiça”, afirma o avô.
O primo do pai do garoto, Arlen Oliveira, conta o que aconteceu no dia em que a criança foi levada: “Ela ligou e pediu para ver a criança porque já tinha algum tempo que ela não o via. Daí, eles marcaram um encontro em um shopping da cidade e, quando ela pegou a criança nos braços, ela correu e entrou no carro e disse para o atual esposo dela: acelera, vamos embora. Então, neste momento, elas brigaram, mas mesmo assim ela conseguiu levar a criança”.
Um boletim de ocorrência chegou a ser feito no dia em que Andressa levou o filho para Aparecida de Goiânia. No dia seguinte, um email foi enviado pela família à delegada responsável. No texto, a família pede atenção para o caso: “Não acho que uma mãe que nunca deu carinho, afeto, atenção e nem cuidou dele em momento algum possa mudar de uma hora para outra”.

Sepultamento
O corpo do bebê foi velado durante a tarde de quarta-feira e sepultado às 19h30 em Itumbiara. Antes de seguir para a cidade, a criança foi levada até a Penitenciária Odenir Guimarães (POG) para que seu pai, que está preso no local, pudesse se despedir do filho. A visita ao corpo da criança durou entre 10 e 15 minutos e aconteceu na presença do pai e do irmão do preso, que acompanharam o serviço funerário até o presídio.
Testemunhas
Testemunhas ouvidas na tarde de quarta-feira (28) pela delegada responsável pelo caso em Aparecida de Goiânia, Myrian Vidal, afirmaram que Andressa já teria tentado matar o filho outras vezes. Uma mulher que cuidava eventualmente da criança contou como ocorreram as tentativas.
Ela não se identificou por questões de segurança: ““Ela [Andressa] tentou matar a criança umas três vezes afogada no tanque. Eu vi, eu presenciei. Cheguei na hora. Eu estava fazendo almoço quando minha filha me chamou. A Andressa encheu o tanque de água até transbordar. Quando cheguei, ouvi as gargalhadas dela. A criança estava se debatendo na água e ela, sorrindo. Ela soltava a criança, colocava a mão no pescocinho dela e a afogava. Aí, nós tomamos o menino dela”.
A testemunha disse que não denunciou a mãe do bebê porque sofria ameaças: “Ela me ameaçou de jogar soda cáustica e me ameaçava de morte direto”. A delegada Myrian informou também que Andressa recebeu, pelo celular, uma mensagem do pai da vítima dizendo “bem que você falou que ia matar ele”. O pai deverá ser ouvido nesta quinta-feira (28).
Homicídio
De acordo com a delegada, não há dúvidas de que o bebê foi morto intencionalmente: “Nós a prendemos em flagrante por homicídio doloso, porque entendemos que ela, ao colocar a criança durante tanto tempo no sol com os vidros fechados, assumiu o risco de matar essa criança”.
Além disso, segundo Myrian, ela deverá ser indiciada por outros crimes: “Nós estamos investigando alguns abortos que ela teria tantado fazer. Já temos a comprovação de pelo menos um aborto. E vamos investigar também duas tentativas de homicídio contra o bebê, ocorridas em dezembro do ano passado. A delegada acredita que até o final da semana o caso seja encaminhado ao Pode Judiciário”.
Morte
O bebê de um ano foi encontrado morto dentro do carro da família na tarde de terça-feira (27) no Setor Santa Luzia, em Aparecida de Goiânia. Segundo a polícia, ele foi deixado pela mãe dentro do veículo, que estava com os vidros fechados e estacionado do lado de fora da casa, debaixo de sol, por aproximadamente quatro horas.
Segundo policiais que atenderam a ocorrência, a criança estava apenas de fralda, havia manchas no corpo de secreção na garganta. Segundo os peritos, o menino morreu por asfixia.
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