Estava eu vendo um programa policial da televisão, quando o apresentador noticiou, com estardalhaço, que teria sido preso um integrante de uma quadrilha de estelionatários que estariam aplicando golpes na cidade de São Paulo-SP.
Ocorreu que ao ser preso, o investigado disse ao seu advogado, frente ao delegado: - E aí Doutor? Então aqueles 300 mil reais que eu te passei pra subornar os policiais, não serviram pra nada?
E lá se foi o advogado preso juntamente com o cliente. O delegado deu-lhe voz de prisão "em flagrante".
Pois bem, aí eu fiquei a pensar comigo mesmo... Se um cliente seu ficar revoltado porque foi preso e achar de prejudicar seu advogado inventando isso, sem prova alguma de suas alegações, lá se vai o advogado preso juntamente com o cliente e até que se prove o contrário, foi-se o bom nome de um advogado criminalista, construído durante anos de árduo e honesto trabalho, execrado pela mídia, mídia esta que não consegue separar advogado criminalista, da figura do seu constituinte, o preso.
Do jeito que as coisas andam hoje em dia, meus caros alunos, ao contratar a defesa criminal de algum cliente, só mesmo tomando muitas cautelas.
Eu defendo que além do contrato escrito, muito bem redigido, a conversa entre cliente e advogado deva ser filmada por este, evidentemente com autorização do cliente.
Claro que existem maus profissionais em todas as profissões, mas hoje em dia é muito fácil um preso inventar algo de s/ seu advogado, seja por raiva, seja porque foi preso e queria ser libertado logo na delegacia. Enfim, os advogados criminalistas, os bons advogados criminalistas, passam a ficar expostos a uma série de riscos no exercício da profissão, se a mera acusação de um cliente preso, por si só, servir para que um delegado de polícia dê voz de prisão ao advogado.
Na defesa criminal, em delegacias, somos obrigados a, não raro, fazer aquele tipo de advogado meticuloso, sério, intransigente p/ com as arbitrariedades, angariando a antepatia dos agentes policiais.
Vivemos em uma constante contenda, que parece nunca ter fim.
Queremos saber dos atos da investigação e não nos deixam; queremos falar com nossos clientes e não nos deixam, penso que ou a OAB deveria ajudar a resgatar a importância da função do advogado criminalista, ou infelizmente a área criminal ver-se-á esvaziada de bons profissionais, bons advogados, que certamente deixarão de atuar, devido à apreensão claramente justificável, de serem presos simplesmente porque os seus clientes inventaram uma calúnia perniciosa contra seus patronos, tudo isso sem prova alguma.
Concordam com essa opinião?
Professor André Greff
Uems
Advogado - OAB/MS n. 6.768.
Disse muito bem o Dr. Endré Luiz C. Greff. o que o amigo falou é uma verdade incontestável.
ResponderExcluirMeu amigo e irmão Dr. André Luiz, bom dia. Estou enviando esta mensagem porque desejo muita paz ao amigo e votos de múltiplas realizações. Andre, estou em Limoeiro-PE. Estou atuando na área criminal aqui em Limoeiro-PE e região metropolitana de pernambuco. Meus nº. celular são estes: 81-9727-9295 (Tim) e o outro é: 82156326, da Vivo. Por gentileza dê alô. Do amigo, José Celso Sales Alves de Sales. Limoeiro-PE, 27/11/2012.
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